Amiga das palavras: MEU RECIFE

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

MEU RECIFE

Meu Recife voltei novamente,

Alegre contente

revendo meu povo de novo

Voltei, Recife, foi a saudade

que me trouxe pelo braço

quero ver novamente vassoura na rua passando

tomar umas e outras e cair no passo.

Voltei Recife - Capiba

É de fazer chorar

Quando o dia amanhece e eu vejo o frevo acabar.

Ah, quarta-feira ingrata!

Chega tão depressa, só pra contrariar.

(É de fazer chorar - Luis Bandeira)

Vejo o Recife prateado

à luz da lua que surgiu,

há um poema aos namorados

no céu e nas águas do rio,

um seresteiro um violão

anunciando o anoitecer

um sino ao longe a badalar

Recife inteiro vai render:

Ave Maria aos pés do altar...

(Recife Manhã de Sol - J. Michiles)

Na alta madrugada o coro entoava
Do bloco a marcha "Regresso"
Que era um sucesso dos tempos ideais
Do velho Raul Moraes
Adeus, adeus minha gente
Que já cantamos bastante
Recife adormecia, ficava a sonhar
Ao som da triste melodia!

(Evocação nº1 - Nelson Ferreira)

4 comentários:

Vânia29 de outubro de 2011 às 03:08
Querida,

também gosto, de vez em quando, de me sentir uma turista ocasional na cidade onde nasci. Assim, vou a pontos turísticos, provo sabores típicos, tiro fotos. Nessas ocasiões, minha identidade revive, minha alma se alegra e é como se o mosaico que sou ficasse mais harmonioso.
É tão bom...

Beijos!
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Beto5 de novembro de 2011 às 12:47
Cecília querida,

Vejo em ti tua a simpatia do povo nordestino, em especial os pernambucanos.Não conheço o Recife, mas pelas fotos vejo que é muito bonita a cidade banhada pelo rio. Sei o que sentes pelo Recife pois significa o resgate de uma identidade que está muito forte em ti e também o que sentes por Brasília e o que BSB representa. BJ
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Anônimo8 de novembro de 2011 às 10:12
Querido Beto, apareça por lá. Vc vai gostar!

Bjs
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Anônimo14 de novembro de 2011 às 17:28
Querida Cecilia,
Desculpe-me se vou escrever sem acentos...estou bem longe da minha casa, escrevendo em um computador novo, totalmente desconhecido pra mim.
Passei aqui para lhe dizer o quanto gostei dos seus comentarios poeticos sobre sua cidade. A forma como vc escreve evocou mesmo sentimento em mim: tambem lembrei de minha cidade natal, ou melhor do "sitio natal"onde nasci...
Enfim, minha querida, sua forma simples, doce e poetica de escrever nos faz viajar e recordar nossos melhores sentimentos...continue escrevendo que faz muito bem para o espirito de quem lê. Bjão! SHIRLEY KUDO
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Mexeu comigo!!!

Domingo, 09/09/2012

Dois filmes: Aqui é o meu lugar, com Sean Penn e Intocáveis.

Em Aqui é o meu lugar, Sean Penn interpreta, magistralmente, um cantor de Rock aposentado que não conseguiu se livrar da máscara que usou durante a carreira, e leva uma vida aparentemente pacata, indo ao supermercado usando sempre o mesmo "modelito" azul escuro, acompanhado de cabelo comprido eriçado e maquiagem exagerada. O filme me surpreendeu, entre outras coisas, por tratar da busca de um homem por sua identidade, de forma leve e engraçada, sem cair na superficialidade.

Intocáveis trata das transformações causadas pela entrada de alguém diferente em nossas vidas. Trata do quanto podemos aprender a partir do momento em que nos abrimos para a chegada do outro. Assistir a esse filme foi uma dádiva, o alimento para a alma que só a arte pode proporcionar.
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Domingo, 01/08/2011

O espetáculo Memórias da Cana, da Companhia de Teatro Os Fofos Encenam, concepção e direção do autor e diretor teatral Newton Moreno. O pernambucano, fortemene ligado às suas origens, entelaçou texto e pensamento dos também pernambucanos Nelson Rodrigues e Gilberto Freire, para ambientar num engenho de cana-de-açúcar, a história de Jonas, Senhorinha e seus filhos Glória, Edmundo, Guilherme e Nonô, inspirada livremente na peça Álbum de Família, de Nélson Rodrigues.

A sensação é de vertigem e opressão. A cena me envolveu de tal forma que, em alguns momentos, me perguntei como estaria o mundo lá fora. Os atores apresentam-se com excelência, mas Kátia Daher, interpretando Ruth, me encantou especialmente.

A peça está em cartazde 6ª a domingo, no espaço dos Fofos, na Rua Adoniran Barbosa, 151, Bela Vista, São Paulo - SP
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A história de Natascha Kampusch, narrada no livro "3096 dias".
Natascha tinha 10 anos quando foi sequestrada, a caminho da escola, numa das primeiras vezes em que a mãe a deixou ir sozinha. O que mais me emocionou foi a capacidade de resistência e superação dessa criança, que compartilhou sua adolescência com um homem mentalmente doente, que a submetia a todo tipo de tortura, psicológica e física.
Atentem também para a incapacidade da polícia, num "primeiro mundo" que nós, brasileiros, tanto valorizamos.
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Ainda Bartolomeu: li "Ler, escrever, fazer conta de cabeça" e "Menino Inteiro". Adorei os dois mas Menino Inteiro me encantou porque conta, de forma poética a vida de Jesus Cristo e fala sobre Ele como a pessoa plena que cada um de nós pode ser, se assim o desejar: "... abraçar com os dois braços, olhar com os dois olhos..." Recomendo, para crianças e adultos de todas as idades.

Sexta-feira, 22/04/2011

Bartolomeu Campos de Queiroz, escritor do qual nunca ouvira falar e conheci no Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília. Fiquei encantada pela cadência do sotaque mineiro, falando a poesia diária que ele vê em tudo, com humor ingênuo: o avô com olho de vidro, a empregada que só fala vogais, os gatos que espreguiçam paz...

Comprei 2 livros: “Ler, escrever e fazer conta de cabeça” e “História em três atos”. Lendo o trecho: “Abria o caderno, e não só lia poemas, mas escrevia fundo, em nosso pensamento, as idéias mais eternas. Ninguém suspirava, com medo da poesia ir embora”, concluí que Bartolomeu escreve poesia, disfarçada de literatura infantil.

Quarta-feira, 30/03/2011
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A iniciativa do Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB-Rio, com a galeria "Sala A Contemporânea", que pretende divulgar, em caráter permanente, o trabalho dos jovens artistas brasileiros contemporâneos.

Quinta-feira, 10/03/2011
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"Se eu tivesse morrido antes de conhecer Pilar eu seria muito mais velho do que tenho sido."
No texto bem construído do filme José e Pilar, documentário sobre os últimos anos de vida do escritor José Saramago, foi essa a frase que mais me marcou. Qualquer mulher gostaria de ser amada como José amou Pilar. Mas será que todas gostariam de renunciar à própria vida para ser "um anjo" na vida do amado?

Domingo, 27/02/2011
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Adoro esse ritual de fevereiro: assistir aos filmes do Oscar! Nesse sábado, escolhi "Inverno da Alma", indicado para filme, atriz, ator coadjuvante e roteiro adaptado. Um soco no estômago, uma ducha de realidade. Vá, se não se importa de perder as ilusões. Um belo filme em toda sua crueza.

Domingo, 20/02/2011